O «povo de Deus», de que falava a Lumen gentium, não é evidentemente «o povo», do qual se fala em democracia opondo-o aos seus governantes: trata-se de um conjunto estruturado, e o «sentimento comum dos fiéis» ou sensus fidelium é o da comunidade cristã unida aos seus guias na caridade”. Guelluy, Robert. Le magistère «ordinaire»…
Read Moreo Pe. K.J. Becker, S.J., consultor da Congregação para a Doutrina da Fé, pretendeu estabelecer que o subsistit in deve ser entendido como sendo estritamente idêntico ao est [é] das primeiras versões do texto conciliar
A Interpretação de K.J. Becker do subsistit in “É uma interpretação muito mais radical, pesada de conseqüências diretas no status das outras confissões em relação à Igreja Católica, que foi apoiada recentemente. Num artigo publicado pelo L’Osservatore Romano de 5-6 de Dezembro de 2005 (p. 1 e 6-7), o Pe. K.J. Becker, S.J., professor emérito…
Read MoreO religioso reprovou ao historiador o fato de se ater às causas secundárias, naturais, e ignorar que toda conversão tem a ver com a graça: um naturalismo que não nega, mas que ignora o sobrenatural
“Figura emblemática é, sem dúvida, a polêmica que opôs Dom Guéranger ao Duque Alberto de Broglie, diante do magistral estudo sobre A IGREJA E O IMPÉRIO ROMANO NO SÉCULO IV (4 volumes, 1856 1866) e a conversão da sociedade romana ao cristianismo. O religioso reprovou ao historiador o fato de se ater às causas secundárias,…
Read MoreEvidentemente que qualquer documento cita de forma selectiva e em função do seu propósito, mas as escolhas feitas são precisamente significativas de uma intenção.
Mary Elsbernd, «The reinterpretation of Gaudium et Spes in Veritatis Splendor», Horizons 29/2, 2002, p. 225-239. O autor mostra que VS reinterpreta e recontextualiza GS em vários pontos: a antropologia teológica de GS é redefinida em um paradigma dualista e individualista; as citações de GS sobre a mudança, a consciência, a autonomia humana e a…
Read MoreDepois do Concílio Vaticano II, alguns quiseram fazer uma leitura política do trabalho dos Padres conciliares. Tratava-se de um grave erro. Mas, infelizmente, esse fenômeno não era novo
“Depois do Concílio Vaticano II, alguns quiseram fazer uma leitura política do trabalho dos Padres conciliares. Tratava-se de um grave erro. Mas, infelizmente, esse fenômeno não era novo. Através dos séculos, a Igreja sempre enfrentou as ideologias; as heresias eram de natureza ideológica. Existe sempre um combate entre a luz e as trevas, uma confrontação…
Read MoreA Lumen Gentium adotou a ideia da Igreja como Sacramento primordial, como diz o livro de Barauna?
A Lumen Gentium adotou a ideia da Igreja como Sacramento primordial, como diz o livro de Barauna? O leitor da obra editada por Barauna deve estar convencido disso. Mas, trabalhando agora em uma monografia sobre a Igreja como sacramento, pude perceber, seguindo a gênese dos textos e consultando os arquivos, que o Vaticano II se…
Read MoreO Instituto do Bom Pastor e o Concílio Vaticano II
Quando o Instituto do Bom Pastor foi fundado em Roma, em 8 de setembro do ano passado [2006], os sacerdotes deste Instituto declararam que “aceitam a doutrina contida no parágrafo 25 da Constituição Lumen Gentium sobre o Magistério da Igreja e a adesão a ele devida”. Eles também concordaram em especificar: “Com relação a certos…
Read MorePara o Pe. Sesboué, Lefebvre não hesita em afirmar simultaneamente os opostos – para não dizer os contraditórios.
“Ele [Lefebvre], que é visceralmente anti-protestante, adota uma tese tipicamente protestante quando se faz juiz do Magistério conciliar e papal. Neste debate, a surpreendente psicologia do Arcebispo Lefebvre não hesita em afirmar simultaneamente os opostos – para não dizer os contraditórios”. L’Institut du Bon Pasteur. Espoir ou équivoque ? Bernard Sesboüé. Dans Études 2007/6 (Tome…
Read MoreO Magistério é o único intérprete autorizado de seus próprios textos
Segundo Pio IV, Bula Benedictus Deus (26 de janeiro de 1564), o Magistério é o único intérprete autorizado de seus próprios textos : “Além disso, a fim de evitar a desordem ou a confusão que poderia surgir se todos pudessem publicar, como bem entendessem, os seus próprios comentários e interpretações dos decretos do Concílio, Nós…
Read MoreO termo «Ostpolitik», por mais conveniente que seja, é impróprio para designar a diplomacia oriental da Santa Sé
O termo «Ostpolitik», por mais conveniente que seja, é impróprio para designar a diplomacia oriental da Santa Sé. Foi usado principalmente depois de firmado o acordo entre o governo iugoslavo e a Santa Sé (1966), acordo este que os observadores políticos compararam entre Bonn e Moscou. A “Ostpolitik” designou então a política oriental de Willy…
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