“Onde a pertença à Igreja, à sua vida e ao seu magistério, é somente formal e o homem permanece apegado ao seu individualismo, não pode acontecer o prodígio de uma personalidade totalmente cristã: devemos resignar-nos à tristeza de “um sal que se torna insípido e não serve para mais nada” (Mt 5,13) ou de um talento escondido na terra, com medo de perdê-lo (cf. Mt 25, 25). Para que o germe da verdadeira vida, que o encontro e o seguimento de Jesus Cristo comunicam ao homem, cresça e mature, é necessário que cada um de nós enfrente todos os problemas e todas as circunstâncias da vida à luz daquele encontro e naquele seguimento, tendo diante dos olhos e no coração o assombro e a certeza da fé. Onde a fé não ilumina, purifica, valoriza cada aspecto da existência humana, onde existe uma “artificiosa separação” entre a fé e os empenhos de estudo, de trabalho, de vida familiar e social, a fé, mesmo que não falte, reduz-se facilmente à abstração, a vago sentimento, a um conjunto de deveres não plenamente racionais e livres.”
(Papa João Paulo II, Discurso aos jovens universitários participantes de um congresso internacional, 6 de abril de 1982)