Notas sobre abusos litúrgicos e boas dicas de leitura:
(1) O primeiro a lamentar as manipulações na liturgia foi Paulo VI, poucos anos depois da publicação do Missal Romano, na audiência geral de 22 de agosto de 1973. Infelizmente, a experimentação arbitrária continuou em muitos lugares;
(2) Paulo VI, no consistório de 27 de junho de 1977, admoestou os “rebeldes” pelas improvisações, banalidades, frivolidades e profanações, pedindo-lhes severamente que se ativessem à norma estabelecida para não comprometer a regula fidei, o dogma, a disciplina eclesiástica, lex credendi e orandi; e também aos tradicionalistas, para que reconhecessem a “acidentalidade” das modificações introduzidas nos ritos sagrados;
(3) Muitas denúncias de abusos na liturgia foram feitas por João Paulo II, em particular na carta ‘Vicesimus quintus annus; no 25.º aniversário da Constituição sobre a Sagrada Liturgia, 4 de dezembro de 1988;
(4) Bento XVI também fez muitas críticas aos abusos litúrgicos e voltou a examinar a questão litúrgica, dando novo impulso à chamada ‘reforma da reforma’, abrindo uma janela com o motu proprio, para que, pouco a pouco, fosse expurgado tudo o que foi além da intenção e da letra do Concílio Vaticano II, em continuidade com toda a tradição da Igreja;
Algumas leituras podem ajudar a colocar ordem na cabeça:
(1) A Constituição apostólica Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia – uma das quatro Constituições do Concílio Vaticano II;
(2) Papa João Paulo II, Carta apostólica Vicesimus Quintus Annus no 25 aniversário da Constituição sobre a sagrada Liturgia;
(3) Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos – Instrução Redemptionis sacramentum: sobre algumas coisas que se devem observar e evitar acerca da Santíssima Eucaristia
(4) João Paulo II, Carta Encíclica Ecclesia de Eucaristia: sobre a Eucaristia na sua relação com a Igreja;
(5) Bento XVI, Exortação Pós-Sinodal Sacramentum Caritatis, II parte, Eucaristia, mistério celebrado;
(6) Nicola Bux, La reforma de Benedicto XVI: La liturgia entre la innovación y la tradición;
(7) Nicola Bux, Cómo ir a misa y no perder la fe;
(8) Dom Fernando Rifan, Considerações sobre as formas do Rito Romano da Santa Missa.
Por Daniel Fernandes
(*) Este texto foi extraído do Facebook sem a revisão do autor