O papa João Paulo II chegou a fazer um apelo dramático para evitar excomunhão de Lefèbvre:
Numa carta escrita em francês, datada de 9 de junho de 1988, o papa convidou monsenhor Lefèbvre, em tom paternal e severo, ao mesmo tempo, a renunciar ao projeto das quatro ordenações que, se realizado, poderia configurar um ato cismático com as consequências teológicas e canônicas inevitáveis e bem conhecidas pelo bispo rebelde, que já havia sido punido com uma suspensão a divinis (proibição de ministrar os sacramentos) desde 1976.
O papa escreveu-lhe:
“Eu o convido ardentemente a retornar, com humildade, à plena obediência ao Vigário de Cristo. Não só o convido a isto, mas eu lhe peço, pelas chagas de Cristo nosso Redentor, em nome de Cristo que, na véspera de sua Paixão, orou por seus discípulos, a fim de que todos sejam um. A este pedido e a este convite, eu junto minhas orações cotidianas à Maria, Mãe de Cristo. Caro irmão, não permita que o ano dedicado à Maria de um modo todo particular abra uma nova ferida em seu coração de mãe.”
No entanto, ao invés obedecer ao apelo dramático do Vigário de Cristo, Lefèbvre enviou-lhe uma carta-ultimato, escrita num tom absolutamente insolente:
“Nós continuaremos a rezar para que a Roma moderna, infestada de modernismo, volte a ser a Roma católica.”
Foi humilde?