Podemos ver o passo dado desde Mediator Dei: desde a primeira frase, a Igreja está situada numa certa relação, antes de mais ao seu Senhor de quem vem a luz da qual vive e que a torna digna de ser vista neste mundo, e depois para o mundo ao qual ela tem a missão de tornar perceptível a luz ofuscante daquele que é a Luz. O tema subjacente é aquele da Igreja-Lua, trazido à luz pouco antes pelo patrólogo alemão Hugo Rahner [Irmão de Karl Rahner]: a lua ilumina o mundo durante a noite da sua história, e a sua luz é toda derivada do sol que ela reflete. Sacramento, a Igreja dá algo para ver e deve velar continuamente para ajustar a sua figura concreta para corresponder na verdade ao que deve mostrar, à luz que deve refletir.
Les déplacements et les accentuations voulus par le concile Vatican II, Éric de Moulins-Beaufort, Dans Revue d’éthique et de théologie morale 2012/4 (n°272)