“As pessoas costumam ser mais sensíveis a sentimentos, emoções e impressões do que ao raciocínio, reflexão e discernimento. Todavia, agir sem raciocinar não é digno do homem, cuja liberdade se baseia no conhecimento da verdade que ilumina seu juízo. A conquista da autêntica liberdade fica radicalmente ameaçada quando a verdade, diligentemente adquirida pela razão e maravilhosamente aprofundada pela abertura à Palavra de Deus, se desintegra. Sem referência à verdade, o ser humano nunca será capaz de se libertar da irresponsabilidade e do medo. Jesus Cristo afirmou muito claramente: «a verdade vos libertará» (cf. Jo 8,32 ). O que se aplica a indivíduos também se aplica a nações. Somente aceitando a verdade plena da condição humana – que corresponde ao desígnio de Deus para os homens, revelado em Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Jn 14, 6) – os homens poderão, como homens e mulheres livres do medo e de vãs ilusões, atingir a plena dimensão humana.”
(Papa S. João Paulo II, Conversa com os intelectuais na Igreja de São Julião, 27 de maio de 1990)