Se conhece portanto a fórmula de Mons. Lefebvre pela qual ele diz nunca ter lido a obra de Charles Maurras:
«Eu não sou a Action Française. [… ] Posso dizer que eu não conheci Maurras, nem sequer li as suas obras».
Podemos legitimamente duvidar da afirmação. De fato, numerosas são as citações de Maurras em Ils l’ont découronné; e numerosos também são os empréstimos subterrâneos feitos ao mestre de Martigues. A hostilidade para com Jacques Maritain, em todo o caso, não pode ser compreendida sem o maurrassismo do meio integrista. Hostilidade é uma palavra fraca: na cosmogonia lefebvrista, Maritain realizou em filosofia política o que os P. Congar, Murray e Teilhard realizaram para a teologia e o que o cardeal Ratzinger – ainda um horrível liberal segundo Mons. Lefebvre – realizou no Vaticano. Tais são os demolidores da Igreja.
Intégrisme catholique et politique, Florian Michel, Dans Études 2009/9 (Tome 411).