Nos argumentos que visam a negar a autoridade do Concílio Vaticano II aparece frequentemente a ideia de que não se trata de um Concílio «dogmático», mas somente «pastoral», o que lhe tiraria toda autoridade em matéria doutrinal; na sua carta a Mons Lefebvre de 11 de outubro de 1976, Paulo VI recusa explicitamente um uso indevido desta distinção:
«Você não pode invocar a distinção entre dogmático e pastoral para aceitar certos textos do Concílio bem como refutar outros. Certamente, tudo o que é dito num Concílio não demanda um assentimento da mesma natureza, só o que é afirmado como objeto de fé ou verdade anexa à fé, por atos definitivos, requer um assentimento de fé. Mas o resto faz também parte do magistério solene da Igreja, ao qual todos os fiéis devem dar um acolhimento confiante e uma aplicação sincera»
(DC, 19 déc. 1976, p. 1058).