Eles [os bispos poloneses no Concílio Vaticano II] temiam, por exemplo, que algumas fórmulas propostas no texto concernentes à liberdade religiosa na perspectiva exclusivamente ocidental fossem usadas, em seguida, por gente de “má vontade” contra a Igreja católica na Polônia, notadamente, pois as noções da liberdade, do Estado, dos direitos e outros mudam de sentido no mundo prático de “diamat*”, de materialismo dialético.
Extratos do texto de Wyszynski : «… O “diamat” nega e rejeita todas as normas estáveis e permanentes do direito e das leis… A idéia do direito cede à idéia do fim que justifica todos os meios, abrangidos aí aqueles da força e da violência… É por isso que o texto deve ser precedido de uma introdução onde se fará observar que as noções do direito, do Estado e de liberdade são suscetíveis de interpretações contrárias segundo as diferentes ideologias de nossa época”.
*”diamat” é abreviação de “dialectal materialism”.
Fonte: Les évêques polonais et le Concile Vatican II, Monsieur Jerzy Kłoczowski, pág. 169.